9 de dezembro de 2017

Discutindo estratégias para a consolidação da coleta seletiva solidária em Belo Horizonte.


Sonho com um tempo onde praticar a educação ambiental seja um ato cotidiano de cada cidadão, traduzido em hábitos responsáveis. Asim, almejo viver em uma cidade onde os resíduos sólidos e orgânicos recebam da sociedade civil e do poder público, o devido tratamento. Digo, tratamento incluindo aspectos responsáveis do consumo, descarte e destinação. 
É necessário que os problemas oriundos do grande volume de resíduos produzidos e coletados em nossa cidade passem pela análise crítica de diferentes instâncias da sociedade. Eu, como educadora e agente ambiental não poderia estar fora de um evento onde assuntos relacionados ao programa de coleta seletiva de BH, desde seu surgimento até as perspectivas de aprimoramento do serviço, fossem o tema principal.


Na última terça-feira (5), das 14h às 17h, participei do seminário “Estratégias para a consolidação da coleta seletiva solidária e inclusiva em Belo Horizonte” que aconteceu no Auditório Juscelino Kubitschek, na sede da PBH.
Ponto comum das mesas de exposição e do debate, o Seminário apontou para a necessidade da convergência integradora de ações e esforços que potencializem a reciclagem e valorização dos catadores na capital. 
Um dos temas de destaque foi o trabalho de mobilização social, educação e cultura, desenvolvido para a disseminação e ampliação desse tipo de coleta que, segundo o relatório de atividades  anual da SLU,  em 2016 registrou como coletados 7.282 toneladas de recicláveis, o que corresponde apenas a 1,08% dos resíduos domiciliares coletados naquele ano.

Mesas formadas pelo poder público e sociedade civil discutiram as perspectivas e planejamento da coleta seletiva solidária com início em 2018 , onde a grande diferença se dará pela participação direta e efetiva das cooperativas de coletores de resíduo sólidos. Cabe lembrar que trabalho desenvolvido pelas redes de triagem de material reciclável de Belo Horizonte que atuam na coleta seletiva solidária do município é uma parceria inédita no país. 

Atualmente a Coopesol Leste já realiza ações nos bairros Floresta e Colégio Batista. A gestão e a operação do serviço são feitas pela própria associação, que trabalha, ao mesmo tempo, no recolhimento e na triagem dos recicláveis, usando um caminhão cedido pelo município. A expectativa é que essa experiência seja ampliada, a partir do próximo ano, para outras regiões da cidade . 

Entre outros painéis, foi apresentado o trabalho da SLU na área de sensibilização e educação ambiental durante a implantação da coleta seletiva solidária em uma rede de escolas, enfatizando assim a importância da mobilização e educação no processo. Os participantes do seminário ainda conheceram as iniciativas exitosas no campo da arte que servem de incentivo no engajamento para a correta destinação dos materiais recicláveis.

O evento, realizado pelo Fórum Lixo e Cidadania de BH/ PBH e SLU, contou com a presença de cidadãos belo-horizontinos interessados nas temáticas socioambientais e de gestão de resíduos, catadores de materiais recicláveis, técnicos da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), integrantes do Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) entre outros.

Um comentário:

  1. Tema tão importante e tão negligenciado, aplaudo de pé iniciativas construtivas e educativas como essa, o mundo precisa! Beijos e boa semana! ♥

    ResponderExcluir

RECICLE SUAS IDEIAS. DEIXE AQUI SEUS COMENTÁRIOS

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...