Sonho com um tempo onde praticar a educação ambiental seja um ato cotidiano de cada cidadão, traduzido em hábitos responsáveis. Asim, almejo viver em uma cidade onde os resíduos sólidos e orgânicos recebam da sociedade civil e do poder público, o devido tratamento. Digo, tratamento incluindo aspectos responsáveis do consumo, descarte e destinação.
É necessário que os problemas oriundos do grande volume de resíduos produzidos e coletados em nossa cidade passem pela análise crítica de diferentes instâncias da sociedade. Eu, como educadora e agente ambiental não poderia estar fora de um evento onde assuntos relacionados ao programa de coleta seletiva de BH, desde seu surgimento até as perspectivas de aprimoramento do serviço, fossem o tema principal.
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Ponto comum das mesas de exposição e do debate, o Seminário apontou para a necessidade da convergência integradora de ações e esforços que potencializem a reciclagem e valorização dos catadores na capital.
Um dos temas de destaque foi o trabalho de mobilização social, educação e cultura, desenvolvido para a disseminação e ampliação desse tipo de coleta que, segundo o relatório de atividades anual da SLU, em 2016 registrou como coletados 7.282 toneladas de recicláveis, o que corresponde apenas a 1,08% dos resíduos domiciliares coletados naquele ano.
Mesas formadas pelo poder público e sociedade civil discutiram as perspectivas e planejamento da coleta seletiva solidária com início em 2018 , onde a grande diferença se dará pela participação direta e efetiva das cooperativas de coletores de resíduo sólidos. Cabe lembrar que trabalho desenvolvido pelas redes de triagem de material reciclável de Belo Horizonte que atuam na coleta seletiva solidária do município é uma parceria inédita no país.
Atualmente a Coopesol Leste já realiza ações nos bairros Floresta e Colégio Batista. A gestão e a operação do serviço são feitas pela própria associação, que trabalha, ao mesmo tempo, no recolhimento e na triagem dos recicláveis, usando um caminhão cedido pelo município. A expectativa é que essa experiência seja ampliada, a partir do próximo ano, para outras regiões da cidade .
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O evento, realizado pelo Fórum Lixo e Cidadania de BH/ PBH e SLU, contou com a presença de cidadãos belo-horizontinos interessados nas temáticas socioambientais e de gestão de resíduos, catadores de materiais recicláveis, técnicos da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), integrantes do Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) entre outros.
Tema tão importante e tão negligenciado, aplaudo de pé iniciativas construtivas e educativas como essa, o mundo precisa! Beijos e boa semana! ♥
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