Parceria entre Maria Reciclona e CSN Mineração leva atividade de Educação Ambiental à comunidade do Distrito de Boa Morte - Município de Belo Vale (MG).

Realizadores e participantes do Modulo I do Curso Eco Artesanato em Boa Morte - Belo Vale MG

No último sábado (18/03) iniciamos mais uma atividade atendendo ao Programa de Educação Ambiental (PEA) da CSN - Companhia Siderúrgica Nacional. A comunidade atendida nesta 1ª etapa do projeto será a de Boa Morte, um pacato e aconchegante distrito de Belo Vale, município localizado a 88 km de Belo Horizonte.

Boa Morte e sua bela paisagem

Belo Vale é um das antigas povoações de Minas Gerais e o distrito de Boa Morte tem sua origem em um quilombo. Segundo dados historiográficos, o nome do distrito é oriundo da devoção a Nossa Senhora da Boa Morte, crença trazida pelos Bandeirantes portugueses Paiva Lopes e Gonçalo Álvares em 1764, solidificada com a construção de uma igreja, dedicada à Santa, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte (tombada como acervo histórico municipal em 1981). Além desta bela igreja em destaque na praça central, o vilarejo possui lindas paisagens, um singelo casario e uma população hospitaleira.

Velas aromáticas e sustentáveis confeccionadas a partir de óleos vegetais usados

O Módulo I do Mini Curso de Eco Artesanato, ofertado de forma gratuita aos membros da comunidade, teve duração de 3 horas e contou com a participação de mulheres e crianças da localidade. O objetivo da atividade foi ensinar a transformar o óleo vegetal usado em velas aromáticas e de longa duração.

Não por acaso a reutilização de óleo vegetal foi o primeiro tema escolhido. No próximo dia 22 de março celebramos o Dia Mundial da Água e o descarte incorreto de óleo é um hábito altamente poluidor dos cursos d'água. 

Parte teórica do curso ao ar livre, sob a sombra das árvores da Praça Central.

A atividade iniciou com a parte teórica trazendo muitas informações e reflexões importantes que incluíram a necessidade de preservar os recursos hídricos de qualquer forma de poluição, incluindo o descarte de óleos e seus derivados. Isso aconteceu com o grupo reunido e ocupando os bancos da Praça Central, no início de uma manhã iluminada pelo sol desse finalzinho do verão.

A leitura expositiva do conteúdo foi alternada entre 3 participantes e a reflexão sob os tópicos apresentados foi compartilhada por todos que opinaram e acrescentaram experiências em torno do tema.

Leitura do conteúdo teórico realizado e ...

Nesse momento refletimos como a água é o bem mais precioso que temos, porém está se tornando um recurso finito para o mundo. Por isso pensar em todas as formas de preservar este recurso natural é uma prioridade. Toda forma de evitar o desperdício e a poluição dos recursos hídricos deve ser considerada e adotada em nosso dia-a-dia. Nesse sentido, o descarte correto de óleos vegetais (soja, milho, girassol , etc.) é uma das muitas ações que devemos adotar.

Lembramos que o óleo de cozinha jogado diretamente na pia cai na rede coletora de esgoto e causa retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem e que,  muitas vezes, uma porção desse óleo acaba chegando aos rios e oceanos pelas redes de esgoto. 

... acompanhado com atenção pelas inscritas.

Que o óleo que chega até os rios e se mistura à suas águas, acumula em suas margens, impermeabiliza o solo e impede que a água se infiltre, o que contribui para que ocorram as enchentes. Além disso, muitos danos também são causados à fauna aquática já que a película formada pelo óleo de cozinha dificulta a troca de gases entre a água e a atmosfera, causando a morte de peixes e outros seres vivos que necessitam de oxigênio.

Se lançado diretamente sob ao solo é igualmente danoso, já que a decomposição do óleo de cozinha emite gás metano na atmosfera. O Metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa que contribui para o aquecimento da Terra. Esses e muitos outros aspectos negativos de um descarte incorreto de substancias oleosas  trouxemos para nosso debate.

A solução para este problema é a reciclagem do óleo vegetal. E existem várias maneiras de reaproveitar esse produto sem dar prejuízos ao meio ambiente. O óleo pode ser transformado em vários produtos industrializados tais como: ração animal, fertilizantes, graxa, biodiesel, sabão, detergente, etc. E de forma artesanal, podemos transforma-lo em lindas velas para iluminação e decoração de ambientes.

Um registro da parte prática da atividade acompanhada com muito interesse pelas participantes.

E foi isto que fizemos na parte prática da nossa atividade que aconteceu nas dependências da Sede da Associação dos Moradores de Boa Morte. O processo de transformação do óleo vegetal em velas aromáticas foi acompanhado com muita atenção e curiosidade pelos participantes que também demonstraram grande satisfação com o resultado obtido. 

Mão na massa: momento de participar do processo de confecção das velas.

Finalizamos nossa atividade admirando as lindas velas já nos suportes artesanais confeccionados com latas de alumínio, com a chama acesa dos novos conhecimentos adquiridos e um delicioso aroma de canela perfumando todo o ambiente. O Módulo II desta atividade já está agendado e esperamos que abril nos chegue breve. Até lá...

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Esta atividade foi  realizada pelo Núcelo Maria Reciclona , tendo Mazza Pena como instrutora, e supervisão de Ívanor Queiroz Pinheiro - Coordenador de Educação Ambiental da Fundação CSN.

Crédito Fotos: Ívanor Pinheiro - Fundação CSN / Mazza Pena- Maria Reciclona