Aplausos da Maria Reciclona aos artistas e trabalhos apresentados na IV Bienal Brasileira de Design .

Sempre que converso com alguém sobre criatividade em reaproveitamento de materiais, reforço minha crença na capacidade destes se prestarem à  produção de objetos realmente incorporáveis à decoração, capazes de produzir peças únicas e adaptadas sob medida às necessidades e estilos de cada espaço.

Faço meus experimentos e pequenas aventuras nesse sentido, mas sei que existem por aí verdadeiros artistas criando obras de arte e fico sempre atenta às oportunidades que tenho de ver esses trabalhos de perto. 

Neste post registro minha reverência a todos os designers, artistas e artesãos que têm suas  obras incluídas na Mostra da Mão à Máquina ~IV Bienal Brasileira de Design.

Em sua passagem por BH, a mostra está ocupando as salas de exposição do Palácio das Artes e está aberta ao público até o dia 31 de outubro.

O que contem esta exposição? 

O texto de apresentação nos conta:

"Um percurso que vai de exemplos da cultura popular, ao artesanato e à indústria. Uma evolução que além de mostrar a qualidade e a variedade da produção brasileira, deixa claro o percurso que parte da peça única, alcança a produção seriada e termina com as novas tecnologias que permitem a prodição de pequenas séries (...). A mostra DA MÃO À MÁQUINA conta com o resultado de pesquisas realizadas de norte a sul do país, e da inserção de design e da moderna tecnologia nas indústrias. A crescente introdução de novos materiais, naturais e artificiais, o uso do plástico verde, da borracha, das fibras, dos tecidos e couro tecnológicos, por exemplo, fazem parte do repertório de produtos selecionados para a exposição.

A seleção das peças da mostra DA MÃO À MÁQUINA torna visíveis os temas da diversidade, da inclusão social, das questões ambientais e do valor agregado aos produtos por meio do design, em diversos segmentos."


     De peças artesanais a impressoras 3D. De trabalhos  como o "Tecido Flor do Campo" do Design Renato Imbrosi produzido por artesãs da Cidade de Carmo do Rio Claro, em Minas Gerais, com técnica de crochê em 100% algodão mercerizado a impressoras 3D.

Muito há para se apreciar e escolhi aqui algumas inspirações para os recicladores de plantão.

Abaixo inspirações para reaproveitamento de embalagens pet 

Aqui a borracha de pneu foi matéria prima para este revisteiro e cesto porta papéis

Uma grande parte da exposição está ocupada pela criatividade aplicada a peças de mobiliário. 

Nos tempos em que reutilização de gavetas ganhou espaço nas preferências de muitas blogueiras, essa peça da designer Olivia Yassudo, intitulada "Estante Menos é Mais" , é mais que inspiração...Vejam o detalhe da luminária instalada na lateral da estante. Você pode reconhecer essas petequinhas?

Preste atenção no estilo modular desta também

Se o assunto for mesa, meu destaque em reciclagem fica por conta da "Mesa Cidades Imaginárias" de autoria do Luiz Pedrazzi, confeccionada com estrutura em aço e caixa de vidro  "recheada" com peças de computadores. Vista de perto ela nos remete totalmente ao seu nome. É realmente incrível como vemos edifícios e avenidas...

E para quem prefere o lúdico, que tal uma mesa com tampo feito com dominós?

Cadeiras? Você verá muitas . Confeccionadas com os mais diversos materiais e designers inspiradas nas mais diversas escolas e tendências.

Veja por lá uma cadeira confeccionada com madeira prensada a partir da reutilização de outras madeiras ou outra que usa uma tarrafa como base de assento.

E se vamos falar de assento e reaproveitamento, deixo aqui a última foto destacando um campeão de audiência no tema reciclagem: caixotes de feira.

Inspirem-se vendo de perto o banco-baú BOTA BANCA, criado pela dupla Jonas Carnelossi e Bruna Monachini.  Com estrutura similar aos caixotes de feira, possui assento móvel que o faz funcionar como um baú.. O assento acolchoado tem formato de laranjas que atribui a esse móvel um ar muito divertido. 

É impossível não dar pelo menos mais uma segunda olhada e dizer: porque não pensei nisso antes?

Há muito mais para se ver nessa exposição. E então fica a dica: em BH ou em outra capital do país visite essa exposição imperdível.

Espero que tenham gostado de mais roteiro com Maria Reciclona.